Sábado, 19 de Julho de 2025
11°C 19°C
Cafelândia, PR
Publicidade

Escoliose degenerativa pode atingir mulheres após menopausa

Ainda pouco falada, a forma degenerativa da escoliose pode afetar mais de 30% das mulheres acima dos 60 anos

Paulo Cavalcanti
Por: Paulo Cavalcanti Fonte: Agência Dino
04/07/2025 às 15h23 Atualizada em 04/07/2025 às 16h25
Escoliose degenerativa pode atingir mulheres após menopausa
Shutterstock
Estudos como o publicado no European Spine Journal em 2020 mostram que mais de 30% das mulheres após a menopausa, especialmente acima dos 60 anos, podem desenvolver a forma degenerativa da escoliose. Ainda subdiagnosticada, a condição pode passar despercebida por anos e ser confundida com dores lombares comuns, apesar de causar uma deformidade real na coluna vertebral, que vai além da postura inadequada.
 
De acordo com o coordenador do serviço de Ortopedia do Hospital de Clínicas de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, Tiago Careno, a condição se manifesta por uma curvatura lateral da coluna e pode provocar alterações posturais, dor, desequilíbrio e, em casos mais avançados, dificuldades respiratórias. O especialista destaca que embora a escoliose esteja muito associada à adolescência, a doença pode aparecer já na infância (forma congênita), por doenças neuromusculares, ou se agravar na fase adulta, especialmente após a menopausa.
 
Careno chama a atenção para essa e outras curiosidades da condição, que afeta principalmente mulheres e exige atenção contínua em diferentes fases da vida. “No envelhecimento, a má qualidade óssea, comum após a menopausa, contribui para colapsos vertebrais sutis e progressivos, facilitando o desenvolvimento da deformidade”.
 
Desgaste natural da coluna vertebral
 
A escoliose pode surgir ou progredir devido ao desgaste natural das estruturas da coluna, associado à perda de massa muscular (sarcopenia), osteopenia ou osteoporose e alterações degenerativas dos discos intervertebrais e das articulações, explica o ortopedista. “Esses fatores contribuem para a instabilidade da coluna e o desenvolvimento ou avanço da curvatura, chamada de escoliose degenerativa”.
 
Segundo o médico, essa condição é frequentemente confundida com outras causas comuns de dor lombar, como artrose, estenose lombar ou dor miofascial, o que retarda o diagnóstico. Em casos mais avançados, a escoliose degenerativa pode comprometer a mobilidade, o equilíbrio e até a função respiratória, impactando diretamente a qualidade de vida.
 
A importância do diagnóstico precoce
 
Identificar a escoliose nos estágios iniciais faz toda a diferença no tratamento e na qualidade de vida do paciente. O especialista explica que o diagnóstico precoce permite que medidas menos invasivas, como fisioterapia especializada, uso de coletes e fortalecimento muscular, sejam eficazes para controlar a progressão da curvatura.
 
“É importante observar sinais como ombros ou quadris desalinhados, escápulas salientes ou inclinação do tronco. Quanto antes for feito o diagnóstico, maiores são as chances de evitar a necessidade de procedimentos cirúrgicos", acrescenta o ortopedista do Hospital de Clínicas de Jacarepaguá.

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários
Cafelândia, PR
12°
Tempo limpo
Mín. 11° Máx. 19°
11° Sensação
1.98 km/h Vento
85% Umidade
0% (0mm) Chance chuva
07h15 Nascer do sol
07h15 Pôr do sol
Domingo
20° 10°
Segunda
21° 11°
Terça
24° 13°
Quarta
25° 14°
Quinta
18° 13°
Publicidade
Publicidade
Economia
Dólar
R$ 5,59 +0,24%
Euro
R$ 6,49 +0,00%
Peso Argentino
R$ 0,00 +0,00%
Bitcoin
R$ 702,531,38 +0,50%
Ibovespa
133,381,58 pts -1.61%
Publicidade
Publicidade
Anúncio
Enquete
...
...
Publicidade